Taymara Gonçalves Psicóloga e Neuropsicóloga

Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental

Eu sou a Taymara. Filha, psicóloga, mulher e uma pessoa muito interessada pelas dores e desafios da vida, e por isso quero começar essa “apresentação” contando uma história que que ilustra um pouco do "porquê" eu ter escolhido esse trabalho.

Imagine que, em uma manhã, você acorda e, na frente da sua porta, encontra um adorável filhote de tigre.

Você o adota e o mantém em casa.

Seu precioso tigre começa a miar e você intui que ele sente fome.

Você dá a ele um pedaço de carne de hambúrguer e repete essa mesma ação sempre que o ouve chorar.

Com o tempo, seu animal de estimação começa a crescer.

Você já não pode alimentá-lo com um pouco de hambúrguer, mas com costelas inteiras e grandes pedaços de carne.

Essa metáfora, ilustra bem o que acontecia em meus pensamentos, aqueles que não me ajudavam.

Eles cresciam, se tornavam grandes e pesados, como o tigre.

Ou seja, quanto mais valor atribuía aos meus pensamentos mais força e disfuncionais eles se tornavam.

Sempre fui muito reservada e pouco me expunha, além disso, perfeccionista e exigente comigo e com os outros, o que impactava nas minhas relações, comigo mesma e com os outros.

Dá para imaginar, né? Assim, poucas pessoas tinham acesso às minhas interpretações sobre o mundo.

O não falar sobre minhas dores, se equiparava ao tigre, que se fortalecia com a carne vermelha.

O desconforto crescia, deixado-o maior e mais forte.

Por vezes, passei por situações em que me deixaram triste (não que elas de fato fossem, mas a forma como eu as interpretei me levou a este sentimento).

Traições de pessoas que confiava, exposição, entre outras.

Mas que olhando por uma outra perspectiva, me conduziram a uma nova possibilidade de existência.

Sempre fui incentivada e gostei muito de ler, este hobby, me permitiu ter acesso a um livro sobre psicologia aos meus 15 anos.

Esta descoberta foi transformadora e me orientou na condução da minha escolha profissional.

E não para por aí, compreendi, que a "cura" é pela palavra e que eu precisava soltar o "tigre" para que ele diminuísse seu tamanho à medida que era menos alimentado.

Compreender isso e posteriormente, cursar psicologia e fazer minha própria terapia deixou tudo mais leve.

Entendo que como diz Hanna Arendt, toda dor pode ser suportada, se sobre ela puder ser contada uma história.

Cá estou eu, me expondo, menos perfeccionista e com mais leveza na vida.

Seus tigres estão pesados?

Vem comigo, vamos deixar tudo mais leve.